30 de março de 2015

Sai dessa... amigo


Sai dessa...  amigo
Suzette Rizzo


Louca figura, cabeça doçura,
das noites tão cruas
que a vida criou.
Assim, desovando no riso
o amor que é preciso
fingir pra crescer.





Mas não vai tão profundo,
viver tão injusto
na espera de ter;
mais noites doidices
instantes tolices
livre arbítrio a valer.

Que a visão pode ser seca
como um rio que foi rio...
que a ilusão pode ser besta
como uma mastro sem navio.

Miragem das noites de lua,
estranha e terna criatura
mais brilhante que o brilho.
Por favor, não seja irrecuperável
nem quebre ao meio seu destino;

Sai dessa, meu amigo insaturável!

                  Suzette Rizzo

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