19 de agosto de 2015
Juízo final (meu)
Juízo final
(meu)
Suzette Rizzo
Como se eu fosse a terra
e um cometa colidisse por
aqui
causando estrondo
indescritível
e eu pelos ares.
Não morri, mas sinto o
calor do solo
queimando a sola dos
extraviados passos,
a necessidade de companhia
e terrível carência
de abraços.
Cada qual seguiu seu
rumo,
neste juízo final...
alguns se foram para as
estrelas
outros perderam-se no
buraco negro
e quanto a mim,
retornei
a cratera deserta.
Piso a terra árida,
depois afundo-me em areia movediça
e já não sei o que seja a
vida.
Mas ainda respiro
apesar
de ingerida pelas lavas.
Nem ouso entender por que
e se a resposta vem no
sonho
não ouço,
por mais que pergunte a
Deus
Autora:
Suzette Rizzo
Direitos Reservados
Suzette Rizzo
Direitos Reservados
Nem vital... Nem mortal
Nem vital... Nem mortal
Suzette Rizzo
Nunca mais fixação
nem recordar calhordices.
Não necessito como antes
encontrá-lo ou senti-lo
nas profundezas de mim.
Não era vital conservá-lo
nem mortal esquece-lo...
Desandei somente
em sentido contrário,
provando-me, no entanto,
o quanto foi arbitrário,
traze-lo tão intimamente
em meu peito.
Autora:
Suzette Rizzo
Todos os Direitos Reservados
Suzette Rizzo
Todos os Direitos Reservados
Desta vez
Desta vez
Suzette
Rizzo
Afogo a
poesia
ouvindo a
nossa melodia...
Mas esse
romantismo não alivia
e muito ao
contrário,
apenas
desgasta a vida
e alaga a
alma iludida.
Não é
preciso que leias
até o ponto
em que chega,
a mordedura
do amor
nesta vida.
Versos
borrados
o que
mereces...
Inspiração
deletada
o que
mereço.
E nada de
melancolia,
nunca
mais a lama do desespero,
nem
apelar a tua indiferença
arredia.
Desta vez,
não pago o preço.
Todos os Direitos Reservados
Carências
Carências
Suzette Rizzo
Bem poderias
trocar o creme de
barbear,
mudar o creme dental,
deixar o cabelo crescer,
ser poeta...
Bem poderias
beijar
ardentemente,
usar as mãos de modo
mais apaixonado,
mostrar-se mais amante
menos macho.
Bem poderias ser outro
abraço,
ter outro papo,
tocar violão, cantar pra
mim,
ser mais louco.
Ah! bem poderias ser 'o
outro'...
Eu bem que gostaria!
Autora:
Suzette Rizzo
Todos os Direitos Reservados
Suzette Rizzo
Todos os Direitos Reservados
Hora certa
Hora certa
Suzette Rizzo
Suzette Rizzo
É hora do adeus
às coisas passadas,
hora de recomeço,
hora certa de viver.
Hora de fechar a cova,
plantar lírios,
enfeitar a casa de rosas.
Hora de acender as luzes
e curar os joelhos feridos.
De rir com vontade,
apagar a saudade, isso sim.
e curar os joelhos feridos.
De rir com vontade,
apagar a saudade, isso sim.
Com ela na alma
não da pra expulsar
o patético de mim.
Art Ju
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