6 de dezembro de 2014

Reflexão


A dor da paixão


A dor da paixão
Suzette Rizzo

Desde o início
disfarçando os sonhos,
impedindo a dor de transbordar-se...
Sentindo a saudade rebentar o peito,
invadir a noite, adentrar meu quarto,
deitar-se a meu lado e ficar !

Hoje, encosto-me pelas paredes,
sufocando soluços, gritos,
mágoas, opressões ...
Estrangulada por tantas amarguras,
humilhações,
exorcismos do brilho e da vida. 
     
E, nem assim transpiro a tortura,
desta eterna paixão !
Não quero que vá, não quero !


Mesmo enlutado em
minha alma, prendo-o...
Preciso sentir o amor,
no perambular
das suas asas, ainda em mim!
Suzette Rizzo


Art by Anna Paes

Algemas feiticeiras


Algemas feiticeiras
Suzette Rizzo


Imantado o corpo dele
sugador de sentimentos...
Que a noite como um feiticeiro
penetrava emoções à espada,
extraindo direitos da alma
sangrando meus momentos.
Despertava passiva e dominada
recolhendo mazelas da vida
dificuldades amordaçadas...
E nada mais me era revelado ou sentido
exceto o amor castigo.
Não despertei tão cedo,
estava imune a realidade.
Entregue a sonhos desenhados nas retinas...
Sonhos dele
sonhos de mago
magia de esquina. 
Hipnotizada,
dei-me àquela opressão
imperceptível no momento,
como um fantoche  seguindo o negro rastro,
dominante e malfazejo por muito tempo.
Um dia estourei amarras,
arranquei de dentro a alma enfeitiçada...
E vi meu destino liquidado
no rosto caído
nos olhos inchados.
Foi quando
meu grito estendeu-se
e o ar circulou em meu quarto.

Brujas Cadenas
Suzette Rizzo

Imán de tu cuerpo
Sorbedor de sentimientos...
Por la noche tal cual un brujo
Entrañaba emociones hecho una espada
Sacando derechos del alma
Agotando mis momentos.
Despertaba pasiva y rendida
Recogiendo llagas de mi vida
Dificultades amordazadas...
Y nada más me fué confiado o sentido
Excepto el amor castigo.
Nó desperté temprano
Me quedaba inmune a la realidad.
Dejada en sueños dibujados en las retinas...
Sueños del
Sueños de brujo
Magia de esquina.
Dominada
Me entregué a aquella opresión
Imperceptible en aquel momento
Tal cual marioneta a seguir el negro rastro
Dominador y malo por mucho tiempo.
Por fin rompi las cadenas
Saqué de mi alma encantada
Y pudo ver mi destino roto
En el rostro desconfigurado
En los ojos hinchados.
Fué cuando entonces
Mi grito se agrandó
Y el aire volvio a mi cuarto.

Autora: Suzette Rizzo
Declamadas por Paulo Monti
Versión: Paulo Monti
Todos os Direitos Reservados

Quem diria!


Quem diria!
Suzette Rizzo

Quem diria!
Teu sorriso pudesse se fechar,
tua simpatia se transformasse,
teu charme se acabasse,
tua postura fosse falsa,
teu coração fosse de pedra.

Quem diria!
Que aquelas frases  estudadas
fossem menos que nada.
Que o teu beijo esfriasse
e que esse amor por um fio,
se estendesse até aqui.

Quem diria!
Que os teus versos fizessem parte
da conquista,
que enjoasses tão rápido da nossa rotina,
que caísses fora tão feio
acordando meu sonho intenso,
por inteiro.

Quem diria!
Suzette Rizzo

Paz interior


(Paz interior)
Suzette Rizzo

Segui a Estrela
o Brilho,
a Sabedoria,
o Guia...


Mas preferi a voz da intuição,
assim mesmo estudando-a,
não sei de quem vem
essa forma de ilusão.
Estou entregue a tudo e nada,
sem mais risos,
sem mais lágrimas.
Prefiro agora
escarafunchar o apócrifo,
estou livre das amarras