2 de março de 2014

Hora certa
Suzette Rizzo


É hora do adeus
às coisas passadas,
hora de recomeço,
hora certa de viver.
Hora de fechar a cova,
plantar lírios,
enfeitar a casa de rosas.

Hora de acender as luzes
e curar os joelhos feridos.
De rir com vontade,
apagar velhas saudades, isso sim.
Com ela na alma
não daria pra expulsar
o patético de mim.

Suzette Rizzo

Dueto: Elane Tomich e Suzette Rizzo
Por um Fio
Elane Tomich  


Bendito dito de efeito
quicou no centro do lado
tão elegante, perfeito,
triângulo, quase pirâmide.

O amor que já não era
retirou-se engalanado
empinado, doutrinado
o que em ilusão reverbera.

Assim transparente era
tão frágil, mais persistia,
quase era coisa alguma
fantasia ágil morria
seria coisa nehuma
derretida em folhetim.

Regozijo em ais de mim,
sorvete de matinê
mas o beijo de verdade
sabor de marrom glacê
menina em ciranda de medo
degustou, enfim, saudade.
.
Depois transbordou depois
um pra ti, para mim, dois,
mulher em fio de abismo
esperas, ecos, jamais,
que a dor, ora, mais distrai
que neste nada, o degredo. 

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Pelo meio 
Suzette Rizzo 


Sonho chato, quase ofensa
o passar do tempo.
Deixa marcas, vergões,
estações tatuadas
nos olhos da alma.
Quantos passos e risos,
quantas lágrimas,
poses narcisistas...
E depois,
quanto gosto misturado
das tantas lembranças...
Segurando a barra
e derretendo tal picolé.
Não é?
Amanheceu
Suzette Rizzo


Que bom voltar a ver o sol
brilhando a minha solidão!
Escuros são amargos
extremamente pesados !

A alma da noite
desanda saudades,
recria lembranças
e eu, maldigo esperanças
sonhadas,
jamais concretizadas.

Maldigo aquela fase robusta
de pesadelos,
sempre abrindo madrugada
em minha alma!

Já passou!

Estou brotando como flor
regada do teu amor!
Quer saber?
estou muito apaixonada!


Suzette Rizzo