
Quisera ter a meu lado
quem dedilhasse algum instrumento
e tocasse canções de amor
aos meus ouvidos...
Fizesse-me juramentos,
e eu pudesse descansar desejos
de voltar atrás.
Não tenho!
Então, alguém piedoso, por favor,
traga-me aquelas borboletas
de asas aveludadas
e, alguns bem-te-vis do quintal
da minha infância,
a esta vida extenuada de querer
e não ter vida normal.
Tragam-me um pedaço de quindim,
biscoitos de polvilho da vovó...
E por favor, levem de mim
este destino pestilento,
fértil em tormentos,
como mariposas reproduzindo-se
nas lâmpadas suspensas.
Depressa, por favor,
antes que eu endoideça neste
cercado,
morra sem pedir licença
e outra vez volte ao passado
pra ser criança outra vez.
Suzette Rizzo