3 de setembro de 2014



O sono dos justos
Suzette Rizzo

É tão triste o engano
e tão leve o despertar!
Tão escura a descoberta,
tão cósmica a consciência
sem peso.
Não gostaria de lembrar
de cada ser trapaceiro
que me rodeou
e o coração sinceramente amou.
Essa parte quando lembrada chumba
a levitação posterior
Mas vida é isso
e a transparência existirá
infelizmente só depois...
Lá onde o pensamento é externo,
impraticável a falsidade,
o segredo escancarado
 e afinal o desvendar
de que nada foi oculto.
Por enquanto me basta
o sono dos justos.

September 3, 2014