4 de novembro de 2014

Fuga



Fuga
Suzette Rizzo

Cavalgo em meu cavalo negro
até o castelo de Merlin.
É feia a estrada,
feias são as visões,
mas, disposta a seguir em frente
chego lá.
Um velho sereno de barbas brancas
recebe-me,
convida-me a sentar em poltrona macia,
oferece-me café bem forte
e me diz:
Posso ser útil em alguma coisa?
Respondo que sim,
mas, não sei por onde começar.




É um sonho tão real,
quando ele fixa meus olhos
doa-se  e responde:
Triunfarás!


(Triunfei: Concretizando desejos de esquecer más fases,
péssimos amores e aquele imenso desejo de paz).

Posturas


Posturas
Suzette Rizzo

Pareço sempre alma terminal
atirada no lodaçal.
Uma mascara dramática,
par da comedia imortal.
Vitrines, espelhos...
quero-os longe do meu olhar
sem dono
e nem me olhem os inimigos
quando eu tiver que passar
em frente aos “peritos”...
em dilatar desgraças.

Enquanto eu for caricatura
deste tempo nocivo 
não quero cumprimentos,
falsos elogios,
críticas maldosas,
comentários idiotas...
muito menos ares de censura
e olhares de acupuntura
sobre antigas arranhaduras
e feridas similares.


Tuesday, May 22, 2012