Uma
história que ouvi por aí
Suzette
Rizzo
Aos
trancos e sem deixar transparecer
a
exaustão,
fez
o que pode, coitada,
para
não desiludir quem amava.
Mas,
abismada não sentiu carinhos,
nem
foi beijada.
Não
se sentiu abraçada
porque
espontaneidade não houve.
Depois
disso, desprezada,
humilhada,
colou
na net poemas envelhecidos
idênticos
ao seu passado
aqueles
dos seus arquivos.
Perdeu
o entusiasmo,
exceto
a necessidade do desabafo.
Senti
pena,
doeu
vê-la enxovalhada...
Mas
o anjo que nunca abandona,
contou-me
ela,
aconteceu-lhe
na madrugada.
Acarinhou
o maltratado rosto
bebeu
suas lágrimas.