15 de julho de 2015

Cativeiro

Cativeiro
Suzette Rizzo


Penso na alma aprisionada
a este mundo senhor do mal,
tentando arrancar da essência
o bom do ser imortal.
Penso no mundo 
como um caminho de barro 
cravejado de espinhos
e uma fada interior 
com sua mágica varinha,
tentando manter a alma limpinha.
Estou aprendiz neste grosseiro mundo,
mas consigo ficar em pé.
Tem gente que engatinha,
e gente que anda de ré.




Ainda me sentarei no banco de uma praça cósmica
para admirar o azul da ex e primeira morada.
Ainda estarei liberada de cativeiros aprendizes,
das correntes e cordões umbilicais... 
Ainda serei a leveza do vento e o brilho da luz
lavada da dor e do pus.


Wednesday, May 02, 2012