7 de maio de 2017

A mesma (II)


A mesma 
Suzette Rizzo
Sou a mesma sentimentalista,
a mesma devaneadora,
mas não posso ser a mesma neste
tempo semimorto,
nem devo mais aconchegar-te
em meu velho sonho.
Sou a mesma, embora o espelho
não mais me reconheça.


Ah! Segreda-me a alma:
“Não serás jamais a mesma 
embora queiras”! 



Breve relato


Breve relato
Suzette Rizzo


Pensar que me vesti de mil futilidades
para agradar os mil seres em ti existentes.
Pensar que rápido deslizei entre escuros,
imergi, saturei-me, surtei,
independente do disfarce aparente.




Sublime momento sonso!


Atravessar a fronteira de modo inconsequente,
leviano,
apoiada num sonho tolo,
imaginando em ti o amigo, o ombro!









Agradeço