Ainda mora
na cor das folhagens,
no brilho do cristal,
na melodia que ecoa
em todas as horas.
Mora ainda,
em meu olhar
parado,
perseguidor de momentos,
miragens,
na busca incansável
da matéria dissolvida
no ralo dos sonhos
desta viagem.
Nada encerrado!
Nem a respiração...
o gemido
e nem o sussurro
do meu destino...
Trazendo à vida
o amor punido...
Amor que escoou,
escoa...
mas não seca!
Trágico, tem que ser!...
Lúcido, místico,
eterno...
este amor que
dilacera...
Amor que abre pouco a
pouco
meus infernos!
Sim... minha alma não
pensa...
Peca!
Suzette Rizzo - 2002