3 de maio de 2017

Carmas



Carmas

Eu e meus carmas todos,
apontando-me o dedo,
olhando-me feio,
repreendendo-me.
Pergunto até quando as provações,
até quando as tensões,
até quando o ruir definitivo
dos meus castelos
e a lembrança daquele sorriso...
Até quando meu castigo?
Suzette Rizzo






Papel amassado


Papel amassado
Suzette Rizzo


Não me largue na beira da vida,
solitária, órfã...
Não me vire as costas,
não me feche portas,
pelo menos não ainda,
não agora.
Depois, quem sabe dele, do amanhã!
Quem pode apostar no melhor, na cura,
na continuidade do tempo...
Quanto a isso somos leigos.
Não, por favor, não me jogue fora
como se eu fosse um papel amassado
de um poema mal feito.