Queria
a mente limpa
e
preguiça de pensar...
Meu
passado atropelado
por
um Feneme,
amores
desbarrancados,
minhas
vidas jogadas no entulho.
Queria
um sono perdido no oásis,
num
canto qualquer do mundo,
triturar
velhos poemas,
recomeçar...
Ter
talvez, outro anjo que soprasse
e
melhor despertasse
meus
versos pré natal.
Depois
disso,
queria
em mim um espírito mais ativo,
mais
amante das coisas pueris,
enfim,
mais egoísta, mais vivo...
Mas
antes queria a mente limpa,
pelo
menos uns tempos,
longe
de mim qualquer fermento.
Nem
mesmo pensar nas raspas
do
destino purulento.