6 de janeiro de 2018

quando o poeta dorme - nanamerij






quando o poeta dorme...
os sonhos vagam
sem rédeas
sem regras
sem rumos

quando o poeta dorme...
os sonhos voam libertos

revirando almas áridas
desfazendo vontades tortas
acordando tantas  noites mortas

o homem triste - canta
o amante perdido- volta
a mulher amada - retorna
a moça feia -   se enfeita
o menino pobre - enriquece

a vida se faz inteira....qualquer desejo acontece

quando o poeta dorme...empresta sonhos
- nanamerij  -



FOI UMA FELICIDADE IMENSA PARTICIPAR


Cérebro submisso – Suzette Rizzo



Revoaram, revoaram... e por fim se foram
todas aquelas visões perseguidoras.
Hoje, posso até recordá-las em conversas,
mas, não mais afetam meus sentimentos
recordações perversas.
Será verdade? Ou quero que seja assim.
Penso também,
estar pensando no atual em demasia,
cristalizando novas ironias
e bom seria se também revoassem  
estas coisas adversas.
No entanto, seria preciso desativar
essa parte da mente
que me permite sofrimentos,
deixa-la correr junto aos ventos,
deslembrar seria alento!
Difícil lidar com isso!
Difícil desmemorizar lampejos
se acompanhados do cortejo
dos mesmos desejos inimigos 
deste cérebro a eles submisso. 

Suzette Rizzo - January 6, 2018