3 de fevereiro de 2014

Versos a vida
Suzette Rizzo
 
 
 
Olho ao redor...
A calmaria do lago faz ondiculas
e nelas reflete o sol.
 
 
 
Sento-me na terra,
sou parte dela...
afago a flor que enfeita
os olhos meus.
 
 
 
Rendo-me diante a beleza do céu,
agradeço a vida de todas as coisas;
Sou algo que flutua  em Deus
 
 
 
Faço versos...
é como sei agradecer.
 
 
VELHO POEMA TRISTE
Suzette Rizzo
Nada mais!
Estão opacas aquelas emoções
gosto algodão doce,
presente de Natal,
matinê domingueira,
perfume misto brisa
e creme dental.
 
Contigo, voltava esse tempo
da adolescência,
mansamente...
assim fixa em teu olhar
de folhas úmidas
e o sorriso manhã verão
que abria-me o peito 
à paixão única !
 
Acabou...
Mas, não porque  assim
o quiséssemos...
simplesmente por obra
dos carmas
que não soubemos
interromper.
 
Simplesmente,
para que eu vivesse
o despertar de um sonho
e morresse
ao te ver morrer.
 
Talvez, para que
a mutualidade de tudo, 
hoje nos complete...
Talvez, para que
tuas asas se abram, me abracem
e quem sabe recebas,
o calor imenso do meu amor...
 
Como a tua luz
que  aquece em sonhos,
esta vida que apenas é,
porque o anjo em ti me protege.
2006



 
Vida, onde estavas?!
Suzette Rizzo
 
Estava árvore sem vida,
flor despetalada,
sino sem badalo. 
Estava perdida 
nesta selva,
floresta morta 
sem mais frutos...
E o céu sobre mim 
como sempre
cinza-chumbo. 
                         
 
Estava galho seco,
folha ressequida 
semi vida.
Estava terra árida, 
mundo descolorido,
meio coisa,
meio esmigalhada, 
aqui perdida. 

   
De repente,
um beijo regado
a terra molhada...
de outra parte,
de tão longe,
mata a minha sede...
toca minha alma
e desperta-me.

Começo
a ver folhas novas,
minha carne revigora-se...
O mar se abre,
o azul se mostra! 
Agora, vivo...
Estava morta!
 
 Suzette Rizzo