A
esta hora da madrugada
a
solidão parece maior,
as
horas não querem ir
e
as meninas dos meus olhos
nem
mais ávidas ou espertas
fingem
dormir...
A
esta hora, sempre a mesma,
reencontro
sonhos nas paredes,
ouço musica
ao longe,
brinco
de psicografar conselhos,
caminhar
nos Andes,
remover
sombras dos cantos
para
a saudade que é grande.
A
esta hora da madrugada
quisera
não sentir o pulso,
guardar a sofrida alma
dos costumeiros
embustes
e
armazenar de vez as desilusões,
sob
a escada daquela casa,
que só
me pregava sustos.
Suzette Rizzo