20 de novembro de 2017

Somente do mato – Suzette Rizzo



Sei do lobo,
da exibição das suas presas,
da esperteza do olhar atento,
da fome e da luta,
da solidão amarga na mata escura.
Sei do lobo
com seus pelos descuidados,
intestinos adoentados...
penso tanto neles, sabe?
Choro então, agro e salgado.
Pobre cachorro do mato, 
sem carinho nem abraço! 
                                   Suzette Rizzo