2 de abril de 2015

Sofrimento cansa


Sofrimento cansa
Suzette Rizzo


Cresce a fome de vida,
fome das coisas vivas,
um desejo imenso
de acordar manhãzinha
abrir a janela e dar boa dia
as nuvens e florinhas.




De que adiantou não querer mais
saber do tempo,
entregar-me a força do vento,
esperar que ele curasse
a dor dos sentimentos?

De que adiantou tamanha clausura,
viver no escuro da desventura,
se nada mudou ou mudaria?

Pegou-me a estafa do sofrer sem trégua,
cutucou-me o coração que doeu
e assim assustou-me

É preciso viver a vida que acorda
todos os dias, percorrendo cada minuto
da alma sufocada que suplica;

Por boa vontade,
água da fonte que a tudo anima.