21 de setembro de 2017

Cautela - Suzette Rizzo


Houve épocas em que me senti um rato acuado
por dezenas de garras afiadas
e apesar disso, continuei confiante,
achando que como eu... 
eram todos confiáveis.
Quando acordei de fato,
me vi cercada por decepções maiores:
pessoas eram cobras prontas ao bote .
Dificilmente, expeli venenos injetados
mas, aos poucos cuspi-os.
Entendi, finalmente os medos,
como fossem trotes do destino,
arrumação da casa.
Sinto-me hoje, fechada aos males...
Obviamente, cautelosa,
porém calma,
como penso ser a alma.
Suzette Rizzo