4 de janeiro de 2014

Falta de ar
Suzette Rizzo
 
Que emboscada!

Nessa hora queria asas,
quatros patas,
ser rio de corredeira,
nuvem apressada.
E nem a chuva lava,
nem a vida passa
ou essa coisa desmaia.

Estou enredada
feito um peixe semimorto 
de boca aberta,
pedindo socorro entre soluços
espetada em quatro arestas .

Não morro...
mas desespero-me quando a boca fecha.

Esse mundo é um soco no meu nariz,
cúpula fechada, refluxo...
E ele o que é? Astuto ou aprendiz?
Só sei que atrela sem motivo todas elas
e quem já é tão infeliz!


Sunday, January 05, 2014

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