10 de maio de 2018

Poeta anônimo _ Suzette Rizzo





Moro entre lucidez e delírios
e esse desequilíbrio
contrabalança dias apáticos.
Moro ali, virando a esquina 
da terra,
entre o além e mazelas
na ladeira da noite tristonha,
melancolicamente escrevendo
umas poucas tontices 
e reais motivos de estar aqui.
Moro na sombra de um poeta amargo,
entre estragos, fracassos,
seguindo os passos de um caminho
ácido.
Meu corpo mora aqui entre as pedras,
os pés cravados na lama
deste destino embolorado...
Canso-me, fujo, 
as vezes sei fugir
para as nuvens da minha cama...
E ali, 
descansamos entre versos platônicos,
eu e o poeta anônimo
                                  Suzette Rizzo







2 comentários:

  1. para is(s)o
    o platonismo existe
    e a meiga nostalgia que doi.
    saudaçôes

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  2. Exatamente isso! Obrigada pelo comentário

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