13 de abril de 2018

Nó – Suzette Rizzo





De qualquer modo
era um tempo de sol,
embora,
interiormente tempestivo.
Mas era um tempo, o meu
e tempo não se rejeita... 
Portanto, 
a alma se ajeita e segue adiante,
abraçada ao involuntário destino.
Então, nesse tempo alusivo
a esta droga de tempo meu,
brilhava um sol ameno,
contudo sol,
e a ilusão de aquecimento é algo serio
quando a vida está só.
Chega uma outra estação,
ausência de luz,
poucos sinais vitais,
mas, de algum modo existe a sobra 
da persistente ilusão,
de qualquer dia novamente 
o sol abrasivo.
O tempo passa... passa rápido
e então, nessa espera esmorecida,
fui me achando tão piegas!
Emaranhada naquele nó,
que nem de marinheiro era.

                            Suzette Rizzo





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