Extenuada,
sem
muro e sem porto
rodeou-me
o dia semi morto,
da
fase mal arrematada.
Elimino
ainda o amor temporão
esterilizando bactérias
da
boca cheia de ódio,
cuspindo
o fel da ilusão.
Vinha de um sonho solitário,
antes
vestido de nada
e
agora a dor de tridente me rasga
numa vil emboscada
Trago então, a boca cheia de chingos,
a
alma ardida, prensada,
o
passo solto na viga do abismo
a
cuca cheia de vinho.
Chego ao fim daquela estrada
onde
cantavam cigarras
soltando
fogo das ventas
abatendo
as tardes gastas.
Habituada
as mortes e perdas,
trago o desprezo na ponta da língua,
ironias da sina na ponta da espada
aversão extremada... ainda
Suzette Rizzo - 2015
Suzette Rizzo - 2015
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