Abandono triste!
Noites sem barco,
realidades,
olhos parados nas
visões imaginárias,
de mares calmos,
ondas vadias,
vagando minha
apatia.
Noites de canto
suave,
das lendárias
sereias a luz das lanternas
Tempo moroso nestas veias,
passeando por células solitárias, avulsas,
isoladas da vida
que se prende nas teias
de um destino de
muitas pernas.
Já não quero avistar o ser daqui,
não quero mais sair deste tédio.
Venceu-me a solidão.
Meus desejos
caminham por águas frias,
entre beijos
afogados e vultos que só eu
vejo,
quase alcançando minhas mãos.
Suzette Rizzo - October 15, 2004
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