Ando desmascarando pouco a pouco
este meu tempo gasto...
Varrendo
carvão da fogueira,
jogando
no lixo trecos e cacos
de nostalgia,
rolando sonhos ladeira abaixo.
Ando desmontando
um quebra-cabeças,
jogando
meus azes pela janela,
esvaziando-me
pouco a pouco
das
tantas sequelas.
Não
há como refazer-me,
não
há como renascer, reviver,
seja
lá o nome que tiver nesta vida
o
recomeço.
Porém, deixo que me enfeitem
com suas purpurinas,
bordem
minhas palavras,
mas não permito que vejam
nas pupilas meus segredos
ou notem meus medos.
Pra
que? ninguém entenderia
que
sou agora uma utopia,
vida sem mais enredo.
Suzette Rizzo
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