A fome do amor
me fez comer humilhações,
esmolar ilusões,
inchou meus olhos ardidos,
atirou meus rebotalhos
ao sereno das madrugadas...
Tomou conta desta alma
atormentada, enfeitiçada.
A sede de amor
me fez beber do fel das falsas verdades
e dos meus propositais enganos.
Fez-me engolir mentiras
imaginando lógicas explicações...
Fez-me idolatrar um coração de pedra,
como se indiferença fosse carinho
e jeito rude causasse emoção.
As coisas do amor
fizeram da minha alma indigente.
Como um cão sem dono chorando na noite gelada,
sem mãe e sem colo,
sem ninho, esperanças.
As coisas do amor
adoeceram sonhos futuros,
arraigaram-se à minha árvore
apinhada de más lembranças
Aquela cobra venenosa,
feriu mortal,
matando em mim a criança,
a palhaça, a mulher.
Deixou a dor tomar conta,
apagar todas as cores,
murchar todas as flores,
ser o que nenhum outro quer.
Autora:
Suzette Rizzo me fez comer humilhações,
esmolar ilusões,
inchou meus olhos ardidos,
atirou meus rebotalhos
ao sereno das madrugadas...
Tomou conta desta alma
atormentada, enfeitiçada.
A sede de amor
me fez beber do fel das falsas verdades
e dos meus propositais enganos.
Fez-me engolir mentiras
imaginando lógicas explicações...
Fez-me idolatrar um coração de pedra,
como se indiferença fosse carinho
e jeito rude causasse emoção.
As coisas do amor
fizeram da minha alma indigente.
Como um cão sem dono chorando na noite gelada,
sem mãe e sem colo,
sem ninho, esperanças.
As coisas do amor
adoeceram sonhos futuros,
arraigaram-se à minha árvore
apinhada de más lembranças
Aquela cobra venenosa,
feriu mortal,
matando em mim a criança,
a palhaça, a mulher.
Deixou a dor tomar conta,
apagar todas as cores,
murchar todas as flores,
ser o que nenhum outro quer.
2004
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