18 de outubro de 2015

D’além das crateras da terra



D’além das crateras da terra
certamente
Suzette Rizzo

Nenhum mortal relampeja
luzes ao seu redor,
nem alastra suave perfume,
tão natural.
Nenhum mortal
possui tal transparência,
nem escreve poemas
debaixo do vendaval

Ah! tua voz de veludo,
teus gestos puros,
de ouro,
teu coração lapidado diamante,
e quanta perfeição,
no contorno do teu rosto.

Onde estavas escondido,
que só agora resolvestes
enfeitar este meu mundo!
Onde estavas, meu amigo?

Tenho pensado,
que caístes de alguma nave
para ensinar esta terra
o sentido do amor...
Pois minha alma anda leve,
meu peito aliviado
e o ruim, agora é breve.

Trazes dentro de ti 
um céu de poesia,
na pele o macio e o tom ideal...
E teu cabelo, textura
da seda chinesa,
encosta suave em meu rosto
como se fosse irreal.

Pergunto-me
quando só com meus pensamentos:
-Serás mortal?

                                  Suzette Rizzo


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