23 de setembro de 2015

Únicas



Únicas
Suzette Rizzo

Vejo uma estrela, a primeira de hoje,
no pedaço de céu da minha janela.
Nenhuma outra cintila,
nenhuma outra por perto, 
nenhuma companhia alem do espaço vazio
até o nascer do dia

Nesta noite somos únicas
a trocar segredos,
duas poetisas solitárias
e nostálgicas.
Ela em seu espaço isolada
e eu tentando alcançá-la  
com minhas roucas palavras.




Esta noite cantarei baixinho...
Escreverei um poema  de 5 pontas,
habitarei aquela estrela,
serei a pequena princesa
daquela casa solitária
 e meditarei em silencio...
como uma monja.

Pintarei flores e animais
pelas paredes,
procurarei um duende em baixo da cama
e uma raposa astuta
para me ensinar.
E quando não mais estiver
sob encantamentos,
adormecerei nos olhos dela
e ela se apagará nos meus.

E mesmo que  nuvens
acinzentadas cubram
minha estrela amarela,
eu a verei todas as noites
da minha janela.





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