28 de setembro de 2015

Arremate



Arremate
Suzette Rizzo

Enrosco-me nestes versos
que não se desatam
deste pensar funesto.
Agride-me  a sombra do medo
a mostrar da alma o extravio
dos meus segredos.

Não mais os tenho!

Voaram como moscas
pelo vão da janela
e nunca mais vadiaram
ou se multiplicaram
na minha cabeça.





Agora uma linha fina
arremata meus dias
e a poesia já não rompe,
só lateja.




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