21 de agosto de 2015

Nulidades



Nulidades
Suzette Rizzo


Embrulhei as ilusões,
guardei as na gaveta,
eram balas de goma somente 
adoçantes da vida feia.
Joguei fora a papelada dele,
que já deu água na boca
simples versos preenchendo
noites sós, insônias loucas.
Ajoelhei nos bancos das igrejas,
sem ao menos entender
o que fazia.



Mudei de religião, fiz a minha.
Imaginei tantas coisas nesta vida
descobri as tolices que eu cria.
Fui obrigada a escolher
o presidente do meu país
mas, recusei-me a eleger
qualquer deles,
nunca esteve no planalto
quem fez o povo feliz.
Faço uma trouxa de tudo,
das pessoas que me enganaram,
daqueles que julguei tão bons
e da vida que vivi...
Enrolo enfim o velho tapete
com tudo que aprendi,
expulso dos ouvidos
tudo tudo que ouvi,









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