7 de abril de 2015

Febre


Febre
Suzette Rizzo

Trago o interior carcomido
por lembranças ferozes,
mas há também um riso sarcástico,
instintivo em meus lábios,
detonando meus algozes.
Sou um dom virando a noite,
uma mulher que desdobra a vida
fugindo do acoite.




Chega de amar e dessas balelas,
da pobreza dessas construções
banguelas,
onde arquiteturas se desmontam
nesta sina de feias ruelas.
Trago o interior carcomido
e na palma das minhas mãos
o destino escorrido.
Basta a febre do vivido!


Sunday, January 11, 2015 19:45:41

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