3 de dezembro de 2014

Repulsa




Repulsa
Suzette Rizzo

Estilhacei poemas falidos,
carcomidos pelo tempo,
joguei no lixo velhos escritos
e amores em detrimento.

Invalidei tudo o que foi dito,
queimei a papelada,
limpei arquivos
e nesse amontoado de resquícios
esfarelei a rosa...

Com ela eliminei o embuste,
expurguei o abraço
e de vez te excluí, maldito!

2 comentários:

  1. Não devia fazer isto. Seus poemas
    são todos maravilhosos! São verdadeiros sentimentos.
    E também, ninguém sabe ao certo, o que vai na alma alheia.
    O que parece embuste, pode só parecer.
    Deus, por escrever o certo com linhas tortas, criou também
    amores "tortos" com a alma pura. Veja:

    Havia uma flor tão rara
    no cemitério, que a poetisa
    a desprezou, pensando
    que fosse de plástico.
    Mas, esta mesma flor,
    exalava toda noite
    (em secreto),
    um perfume para o olfato dela,
    que enchia todo,
    dos mortos, o espaço.


    .Perdoa-me por admoestar!
    Fique na suprema Paz de Deus!

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  2. Obrigada pelo comentário...
    No momento da inspiração era esse o meu mais profundo sentimento e eu apenas escrevo o que a alma deseja expelir. Obrigada por estar lendo meus poemas. Bom domingo

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