Ouvindo
Hàmlid
Suzette
Rizzo
Juntava
conchinhas beira mar,
molhava
os pés nas ondiculas,
queimava
os ombros,
doía,
dormia...
Acordou
moça, adulta, madura,
despreparada
para a luta.
O
céu estava lá no mesmo lugar,
a
lua também
e
as ondiculas para sempre
morrendo
na praia.
Observava
as conchinhas, poucas agora,
mas
não mais se empolgava em pega-las...
O
céu sim, tão alto, demais azul,
tão
lindo o marinho,
salpicado
de estrelinhas...
E
a moça se encantava.
Dormiu
hoje, amanhã...
prosseguiu
admirada das coisas celestes,
das
coisas do mar.
Enfim,
enxergou além
e
sentiu tal prazer,
até
notar o extasio destemperado...
Permanece
na redoma
e
sobrevive solitária.
"Mesmo estando entre milhares de
pessoas, essencialmente somos seres sós. Não devemos confundir os significados
de solidão com solitude ou meditação, pois meditar é entrar em contato consigo
mesmo e com o Criador de Todas as Coisas."
Hàmlid
Hàmlid
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