19 de agosto de 2014



Atrofiamento
Suzette Rizzo

Saudade dos começos,
todos eles.
Enroscar-me nos braços dele,
(do primeiro),
mas o amor sempre tem preço.
Saudade de outro começo,
lá no meio da fase triste,
uma saudade que sempre existe.
Saudade dos mortos,
da solidão acalmada,
e até do ultimo começo
alvoroçando a vida mais amornada.

Começos...
tão leves, tão mágicos...
Matando sede, fome,
atrofiando as dores,
pra depois sentir a alma
mergulhada em puro acido.
Nem sei como posso ainda
tentar versos,
se fugiram de mim palavras,
quando me sugaram das veias
a seiva da ilusão sonhada

2 comentários:

  1. "Nem sei como posso ainda
    tentar versos,
    se fugiram de mim palavras,
    quando me sugaram das veias
    a seiva da ilusão sonhada" Belíssimo!

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  2. Ronaldo meu amigo, peço desculpas pela demora. Andei as voltas com duas cachorrinhas minhas muito doentes, a cabeça esquecida e eu muito triste. Obrigada por comentar minhas poesias, obrigada mesmo!
    Bjs e bjs poeta querido e amigo.

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