24 de julho de 2014



Jiló
Suzette Rizzo

As palavras dele, de jiló,
coisa que detesto,
esverdearam os vidros do bar
e da espuma da cerveja !

E esse verde mal pintado,
poluiu mais a avenida,
rolou pelas mesas...
ruindo assim castelos,
sonhos e estrelas !

E o sorriso que era lindo,
ficou lindo e só...
Piscando feito um farol
que é só farol!

E no meu interior,
o vazio invadindo...
Cercando imagens,
sons, paredes,
borrando tudo de musgo,
de amargo... De verde !

Suzette Rizzo

(Do meu baú)

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