Colapso
Suzette Rizzo
Este mundo
em que as vontades se envergam
como galhos das arvores
nas tempestades,
consome qualquer habitante.
Mundo aclive
em que eu pelo menos
rolo abismos
e sempre caio de onde estive.
Mundo ardido de fogueiras...
e o coração pobre coitado
fatalmente fulminado.
Pergunto-me por que
não passa logo uma nave
e me tira da ilusão-entrave;
Melhor é ser abduzida.
Aguardo um extraterrestre,
ou um intraterrestre, sei lá,
que de mim se enterneça
e aperte os eixos da minha cabeça...
Ou então,
regule as hélices da minha vida,
para eu funcionar sem mais esta fadiga
de viver neste planeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário