21 de junho de 2014

Colapso
Suzette Rizzo

Este mundo
em que as vontades se envergam
como galhos das arvores
nas tempestades,
consome qualquer habitante.
Mundo aclive
em que eu pelo menos
rolo abismos
e sempre caio de onde estive.

Mundo ardido de fogueiras...
e o coração pobre coitado
fatalmente fulminado.
Pergunto-me por que
não passa logo uma nave
e me tira da ilusão-entrave;
Melhor é ser abduzida.
Aguardo um extraterrestre,
ou um intraterrestre, sei lá,
que de mim se enterneça
e aperte os eixos da minha cabeça...
Ou então,
regule as hélices da minha vida,
para eu funcionar sem mais esta fadiga
de viver neste planeta.

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