4 de março de 2014

Incenso
Suzette Rizzo

A fumaça dos Incensos me sufoca
e aviva chagas e falsas caricias,
essas que trago na alma infinita.
Não queria, juro, morar aqui
nessa terra estéril de amor,
nem desabar do morro-sonho,
tamanho peso da solidão
e diferencia mento.
Mas moro na cratera-desamor
rodeada deste mundo malfeitor
que me é tormento.

Só queria naufragar numa verdade
única,
não rever seus anteriores versos
nunca!
Mas vejo, releio e percebo
permanentes buscas e desejos.
Ah! Seus poemas consomem...
Barram-me o ar como incensos...
E o peito, amor meu, creia,

anda mesmo... duplamente enfermo.

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