Último
ato (II)
Suzette
Rizzo
Não posso forçar
rimas
tão
pouco inventar versos...
Estou
pobre de sentimentos,
de
inspiração, desejos
e
creio que a poesia dormirá
sob o
edredom
até
que eu sonhe, quem sabe,
novos
beijos...
Fugirei
da antiga e fictícia companhia
e da
utopia de ser poetiza.
Não
observarei a rua deserta,
nem
pensarei nas guerras...
Deixo
de lamentar o final dos tempos
pois a
criatura bem merece
rolar
fora da terra.
Expulso
de mim a vontade
de
escrever saudades...
Cansei
de imaginar vestes
e a
solidão das outras esferas
e cansei
do que há na terra.
Não
quero nem mesmo reler
amontoados
de confissões ladinas...
Estou
fechando as cortinas
do ultimo ato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário