19 de janeiro de 2014

Sola da Vida
        Suzette Rizzo 
 
Vida larga
estrada inteira!
Lado a lado comigo,
sonho e real
permitindo os contras do pensar,
emoções amarrotadas
e a corrida cansativa
ao mel da vida.
 



Estéril!
De mim não nascem flores,
esperanças verdejantes,
mas rondam aves carniceiras.
De mim não exala vibração
e fechado está o jardim das roseiras...
Mas rondam,
malefícios de primeira.
 
Nem o solitário coração
encontra uma réstia de luz
e meus olhos se enterram qual avestruz
dentro da terra que ingere meus passos.
Meus olhos buscam tons azuis,
mas o céu acinzenta-se
num pestanejar de mago.
 
Vejo-me em sonhos e nem acredito.
Serei aquilo?
Aquela, na estrada larga,
minúscula qual formiga?
Nem adiantaria pedir socorro...
Um pé sempre atropela
e o outro assassina.
 
Depois, vem um anjo
e leva a alma espremida
na sola da vida.
 

4 comentários:

  1. As vezes pensamos que somos um vaso sem flor e que nada presta ao nosso redor. Tudo se torna triste. Entretanto, apesar de todas as más expectativas de uma formiga prestes a ser morta no meio da multidão, ainda surgirá coisas boas na vida daquela que se assombra com o desconhecido.

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    1. Obrigada pela visita, comentário e incentivo, amigo Erlon.
      Fiquei muito feliz em vê-lo por aqui, viu?
      Bjs

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  2. Respostas
    1. Obrigada Pedro pelo comentário.
      Tenho certeza que não é meu parente, mas bem poderia ser.
      Volte quando quiser, viu? Bj

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