30 de março de 2015

Sequer uma chance



Sequer uma chance
Suzette Rizzo

Ignorou meus instintos
e os pavores acompanhantes desta jornada.





Mas, soube do frio
que a solidão causou
em cada madrugada.

Mesmo assim secou estrelas
quando desertou-se da minha vida,
levando a ilusão de talvez um dia,
o peito em festa.
E como sempre, alheio a minha pessoa,
cortou-me ao meio feito canoa,
quis ver-me afundar mais depressa.

Já era tempo de chuva
quando de vez turvou-me a alma,
enrolando o tapete azul celeste,
para eu não ver a cor da calma

Apagou tudo de seu,
nem deixando nas calçadas
o rastro das suas culpas,
para minha certeza absoluta
de ter sido mesmo nada. 

( Desde então, apesar de tudo,
o mais fútil dos meus sonhos
é ainda querer você )

Suzette Rizzo

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