Sofridas lembranças
Suzette Rizzo
Recordações ferozes
do tempo algoz
de exílio reposto,
ensopado de lágrimas noturnas
no vazio do quarto morto.
Caneta ao lado,
diário necessário,
rotina de falar comigo
e, ouvir o escárnio
de mim mesma,
entre poemas compulsivos.
Ressoam, atingindo
os sonhos que inda tenho,
derrubando no chão deste outono
em que piso,
as folhas ressequidas de ontem,
estaladas como gritos
estaladas como gritos
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