24 de abril de 2014


Alma cor de vinho
Suzette Rizzo

Minha alma anda rude,
os pensamentos violentos.
O que vem a minha boca
é o que sempre esteve guardado,
causando dores no peito.
Não sei o que tenho,
só sei que é raiva incomum
algo que me tira dos trilhos
e me divide pelo meio;
Metade o que sou agora, 
metade bloqueio.
A alma anda transpassada
pela dor que me causa este  mundo
e eu que não xingava xingo,
que a tudo deixava passar 
hoje me vingo.
Moro metade cá metade lá,
perdida nos dois caminhos.
Mas o que de fato não justifica
é estar como sempre odiei;
Alma cor de vinho.


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