2 de fevereiro de 2014

Contra a parede
Suzette Rizzo


Contra a parede,
olhos apertados,
com medo.
Nas minhas costas,
apontando uma arma,
a vida.
No meu sono,
a alma,
engolindo o amanhã.
Hoje não tem poema,
amanhã também não.
Assim asfixiada,
não entra o sopro
da inspiração.
Tento abrir os olhos,
entender que estou só
e que minha imaginação
desordena pensamentos.
E mãos grandes e ásperas
esbarram  em meu rosto,
mostrando o karma gosmento.

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