Ansiedade
Suzette Rizzo
Certa
ansiedade amarrota meus dias,
amortiza a
poesia
e não quero
mais
escrever
trancos da vida,
insensatez de
outro ser,
nenhuma
nocividade ativa.
Contudo, não
posso exterminar de vez
o pensamento
que já não brota
como a
nascente de um rio,
embora a alma
não queira
turbulências
imprevistas,
nem pavios
acesos com carência afetiva.
Certa
ansiedade
turva um pouco
a vista
e dá nó de
marinheiro,
unindo restos
de inspiração
à paixão
semi afogada
nos mares da
vida.
Eu quero mesmo
um final definitivo
nesse delito
repetido
e nunca mais a
ousada perturbação
apontando a
esquina,
expondo a
fraude no sorriso.
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