Quero escrever um poema nobre,
que fale de amor verdadeiro,
como a noite sempre inspira
se há brilho de estrelas.
Que ele flua mansamente
como o sangue corre as veias.
Mas não sei onde se
esconde
o anjo cochichador,
aquele que sopra aos meus ouvidos
o princípio do meu torpor.
Onde estarão as flores
que semeou em minha
alma,
os botões que não se abrem
nesta mente vazia?
Por que some? Onde se enfia?
Eu não quero descrever
iniquidades latentes
dos problemas atuais,
sobre a farsa das religiões,
o social inexistente.
Sinto-me pouco à vontade
com ilusões apagadas,
expor coisas graves
falar das
faltas existentes
no meu país,
essa não é minha praia.
Prefiro falar de amor
usar amor em meu tema,
descobrir além Dele onde está
o amor gêmeo, companheiro...
o amor que luta por amor,
aquele que aromatiza
cura e purifica,
se dá por inteiro.
Também não quero falar
da materialidade das pessoas
que justificam erros,
banalizam a arte da vida...
Eu quero um tema limpo
como é o azul do céu,
untar minha inspiração
do suco das folhas da videira
e que de mim nasça o fruto
de um poema que descreva
a alma inteira.
Quero sim lavar tristezas
ser enfim tua herdeira!
Suzette Rizzo
May 19 2006
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