Noites... noites....
Suzette
Rizzo
Ando
pela casa
tentando
dividir a solidão
com
meus cães.
Desamasso
a folha avulsa de caderno,
meio
amassada
e
volto para cama,
cavoucando ainda na alma um verso,
tentando boas lembranças
entre
fases amargas e ânsias tantas.
Então,
desfilam fisionomias caricatas
nas
caras de ontem
e
faço a mim mesma relatos
percorro
atitudes tomadas...
Por
fim, rabisco letras descuidadas,
certamente amanhã na lixeira.
Conservo
somente a impressão
de
sempre estar
num
vazio vagão de trem
que
saiu fora dos trilhos.
Faça
o que fizer,
a
solidão jamais se desprenderá
do meu umbigo