14 de julho de 2015

Prostração

Prostração
Suzette Rizzo

Ai, como são irritantes os ecos do vazio,
a agudeza destes gritos ferindo tímpanos!
O meu vazio sorve energias, desejos,
esparrama ares demais aflitos no dia a dia
Ai, o vazio contamina os órgãos,
pensamentos,
relincha como um cavalo entristecido
e apaga lento a chama viva.



O meu vazio não tem nome
e, exceto o nada vagando as horas
de um tempo incolor,
somente o freqüente som das coisas ocas.
Vazio não ama, não tem dor...
E o meu possui sensações
de um ciclone sugador.


Wednesday, June 13, 2015