9 de junho de 2015

Autenticidade

Autenticidade
Suzette Rizzo

Não invento esperanças,
gostaria de vê-las esparramadas
por todos os cantos
dos poucos acontecimentos.
Não invento sonhos,
apenas sonho  
caminhando por entre lembranças
de rostos perdidos no espaço
das coisas findas ou não.
Não invento emoções,
sinto-as,
nesses devaneios carregados
de algumas boas saudades
e desejos tantos e profundos,
sensações agora
de vazio, adversidades
e um ou outro flash bom.

Não invento a má vida,
ela é,
quando observo o mundo
e sinto essa vil realidade
sob meus pés.


January 11, 2013


Auge das coisas

Auge das coisas
Suzette Rizzo

Cheguei ao ápice da saudade,
da depressão,
das coisas tão chatas da vida,
das gordas desilusões.
Amei até o ápice do amor,
calei-me até o ápice do silêncio,
fantasiei-me de algo que não sou.
Atingi a pouco
 o ápice melancólico do pássaro
que viu a porta da gaiola aberta
e de medo não voou.

                     October 14, 2012

Atropelos



Atropelos
Suzette Rizzo

O decair envergonha,
o não ter impulsiona quando possível
ou desanima de modo incrível.
Ah! Minha história possui
um pouco de tudo,
um pouco de qualquer sentimento,
um misto de atropelamentos.



Vida a meu ver é um Contêiner
que pode parar na hora H
ou passar por cima.
Vida é meio que vento...
aragem embelezando as folhas
ou tempestade destruidora.
Já estive a beira do abismo,
já estive no alto do mundo.
E só sei que perder inibe,
pois há quem despreze
e há quem que pise.
Mas reconheço:
Um pouco por culpa do destino
outro pouco dos meus deslizes.