No portão
Suzette Rizzo
Delineei–te por trás
das pálpebras,
exaustas da visão da sala
sombria.
Deitei-me no tapete
vermelho
e tentei extrair tua
voz,
do vazio ao meu ouvido.
Só podia ser mentira!
Não te irias assim sem
mais nem menos,
só porque expulso por
mim
numa hora de fúria.
Na verdade, na excitação,
nem me lembrei da outra,
espreitando no portão.