Barreira cerrada
Suzette Rizzo
Não posso atirar setas
nem descarregar meus impulsos
em quem me olha
como um doce sem sabor.
Não é certo desbrecar a doidice
das minhas emoções
na mente sadia de quem não tem
carências acumuladas,
muito menos sente como
eu sede de amor.
Não é certo!
Por isso guardo as setas,
atiro meu arco no meio do oceano
prendo no peito os desejos
e jamais tentaria dessedentar
quem bebeu águas que não
bebi
Por isso existo outra pessoa
aos olhos do tal amor que
alimenta,
encoraja,
mas coloca barreira cerrada
nessa fronteira,
por onde não atravessa a
coragem
de extravasar estes anseios
de mulher apaixonada
Suzette
Rizzo _ December 10, 2005
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